Xbox Cloud Gaming com rato e teclado

A Microsoft está finalmente a permitir jogar com rato e teclado no Xbox Cloud Gaming no Chrome, Edge, e app Xbox em Windows.

O Xbox Cloud Gaming é o serviço de streaming de jogos da Microsoft, que dá acesso a jogos Xbox sem necessidade de ter uma Xbox, a partir do computador, smartphones, tablets, e até Smart TVs. Até é possível usar o Xbox Cloud Gaming numa Xbox, e dessa forma poder jogar ou experimentar jogos sem necessidade de os instalar (o que por vezes acaba por ser bastante útil, especialmente quando se tratam de jogos que podem exigir mais de 100 GB de download e de espaço no SSD).

No entanto, até agora, o serviço estava dependente da utilização de um gamepad Xbox, coisa que agora é expandida à utilização do rato e teclado, no Chrome, Edge, e app Xbox em Windows.

Nos browsers será necessário colocar o jogo em full-screen, com o teclado e rato a serem usados para o jogo. Para sair será necessário manter pressionada a tecla ESC durante alguns momentos, para que o teclado e rato voltem a controlar o PC e não o jogo. Também existe a combinação de teclas ALT+F9 para passar do controlo via rato e teclado para o controlo via gamepad. A MS alerta ainda que é possível que alguns jogos apresentem elementos de controlo via gamepad antes de se usar o rato e teclado, só reconhecendo a nova forma de controlo quando se começar a interagir com o jogo.

Por agora os jogos Xbox Cloud Gaming que suportam o controlo via rato e teclado são:

• Fortnite (só no browser)
• ARK Survival Evolved
• Sea of Thieves
• Grounded
• Halo Infinite
• Atomic Heart
• Sniper Elite 5
• Deep Rock Galactic
• High on Life
• Zombie Army 4 Dead War
• Gears Tactics
• Pentiment
• Doom 64
• Age of Empires 2

Por agora isto está disponível apenas para os Xbox Insiders, mas é de esperar que não demore muito para que seja disponibilizado a todos os utilizadores.

PS5 vai ter gravação de clips automática para ajudar jogadores

A Sony está a preparar um sistema de gravação automática de clips para ajudar os jogadores.

Hoje em dia é praticamente indispensável recorrer ao YouTube para se descobrir como obter alguns troféus nos jogos. Algo que a Sony quer evitar, fazendo com que tudo esteja imediatamente acessível na PS5.

O sistema permite gravar automaticamente um clip de vídeo sempre que os jogadores obtêm um troféu ou elementos secretos/escondidos, de modo a que outros jogadores possam ver como o fazer. No entanto, é uma função que fica dependente da activação por parte do jogador, e o clip continua a ficar dependente de moderação antes de ser disponibilizado a todos os jogadores como "Game Help hint".

Os vídeos não incluem áudio do utilizador, pelo que não têm que ter receio das conversas que pudessem estar a ter com amigos num jogo multiplayer, e também não ficam a ocupar espaço na consola - sendo eliminados assim que são enviados para a Sony.

Este novo sistema Community Game Help chegará ainda este ano para alguns jogos, com a Sony a dizer que espera que o sistema seja expandido a "todos os jogos" no futuro.

Starship Simulator no Kickstarter

Os fãs dos simuladores espaciais têm um novo projecto ambicioso: o Starship Simulator.

O Starship Simulator quer ser o mais realista simulador espacial até à data, onde todos os elementos das naves são replicados da forma mais realista possível (ao ponto de até as ligações eléctricas e hidráulicas serem simuladas individualmente para cada componente - com os danos a serem também calculados realisticamente em função da sua localização e das coisas que afectam).

É certo que os simuladores espaciais podem ter "má fama" - em grande parte devido aos mais de dez anos que o Star Citizen demorou a ficar pronto - mas esperemos que desta vez não seja preciso aguardar até 2034 para que este Starship Simulator esteja terminado. Por agora, temos uma tech demo disponível para antecipar aquilo que o jogo pretende fazer, com muitas melhorias planeadas, como o seu criador explica no vídeo que se segue.

Talvez, mesmo com início modesto, no futuro possa vir a competir com as impressionantes capacidades do Star Citizen.

AMD apresenta FSR 3.1

A AMD apresentou o FSR 3.1, que resolve alguns dos problemas do FSR 3.0 e promete ajudar os jogos, até nas placa gráficas Nvidia.

Há muito que as placas gráficas começaram a fazer "batota" para melhorar o desempenho nos jogos (não que isso seja necessariamente "mau"). Isso foi feito à custa de tecnologias de upscaling, que geram imagens em resoluções inferiores e depois redimensionam a imagem para uma resolução superior, e também com interpolação de imagens, criando frames intermédios para melhorar os frames por segundo.

Com o FidelityFX Super Resolution 3.1 da AMD temos melhorias a nível da redução dos efeitos de cintilamento e de artefactos causados por movimento rápido, que se faziam notar na versão anterior. A AMD também permite que os developers tenham mais liberdade de escolher quais as funcionalidades que querem aplicar, em vez de ser "tudo ou nada"; o que permite que o sistema de interpolação de imagens possa ser usado por GPUs da Nvidia das que suportem DLSS upscaling mas não a geração de imagens (como nas séries 20xx e 30xx).

A AMD também quer facilitar a vida aos developers criando uma API genérica de acesso a estas funcionalidades (ao estilo do DirectX) de modo a que possam automaticamente tirar partido das melhorias futuras sem que tenham que mudar os jogos para cada versão. Uma medida positiva mas que chega tarde demais, considerando que a MS também já anunciou a criação do DirectSR com o mesmo intuito.

Starship Home transforma a nossa casa numa nave espacial

Os utilizadores com Meta Quest 3 poderão em breve explorar o Starship Home, um jogo em realidade aumentada que transforma a sua casa numa nave espacial.

Os jogos de realidade aumentada têm potencial para se tornarem num dos elementos chaves para convencerem os consumidores a interessarem-se por essa tecnologia, e este Starship Home poderá contribuir para isso (sem que seja necessário gastar mais de 3500 dólares nuns Vision Pro da Apple).

Apesar da vertente de ficção científica, trata-se de um jogo bastante pacífico e adequado para toda a família, em que a sua casa é transformada numa nave espacial que explorará a galáxia e onde os jogadores poderão recolher estranhas plantas que depois necessitarão cuidar com carinho.

O jogo será um exclusivo do Quest 3, com lançamento prometido para o terceiro trimestre de 2024.

Steam Families facilita partilha dos jogos em família

O Steam finalmente melhora o processo de partilhar os jogos entre diferentes membros da família.

O Steam é uma das principais plataformas de distrbuição e gestão de jogos, mas com o passar das décadas tem também que se ir adaptando aos jogadores que já não podem pensar apenas em si. O Steam já tinha o Family Sharing e Familty View, mas que sofriam de imensas limitações, como apenas permitir que um único jogador pudesse aceder aos jogos de uma conta. Agora, as coisas ficam melhores com o Steam Families.

O Steam Families vem dar a resposta à gestão de múltiplas contas Steam que se possam ter numa família (até cinco pessoas) e respectiva partilha dos jogos, permitindo que múltiplas pessoas joguem diferentes jogos de uma mesma conta, e com controlo de acesso e tempo para menores. Também permite jogar em modo offline, que até agora não era possível.

Há no entanto algumas limitações. O sistema é bloqueado por região, pelo que não é possível partilhar a colecção de jogos com pessoas noutros países. Também ficam de fora jogos free-to-play, ou que estejam associados a subscrições ou contas em serviços externos.

Por fim, e para evitar a possibilidade andar a "saltitar" entre diferentes famílias para ter acesso a jogos dos amigos, quando alguém sai de um grupo de família não poderá juntar-se a outro durante um ano! É um período de tempo que me parece excessivo, mas que terá como objectivo demonstrar que a Valve não está disposta a tolerar esse tipo de "brincadeiras". Talvez no futuro possa vir a ajustar este período, sendo que algo como três meses já me parece que seria suficiente para desincentivar essa prática.

PS5 Pro é 3x mais potente que a PS5 e chegar este Natal

A próxima PS5 Pro poderá ser três mais potente que a PS5 actual, e chegar no final de 2024.

Ainda nem vamos a meio do ano mas já começam a circular rumores sobre o próximo modelo PlayStation. Aparentemente há estúdios que já estão a trabalhar com o kit de desenvolvimento do próximo modelo, com nome de código "Trinity" e que deverá ser lançado com nome público de PlayStation 5 Pro.

As supostas informações desse modelo referem uma potência de 33.5 TFLOPS, três vezes mais que os 10.28 TFLOPS da PS5 actual, tendo também uma melhoria de até 4x no rendering com ray tracing. Também deverá utilizar um sistema de upscaling PSSR (PlayStation Spectral Super Resolution) que permitirá melhorar a resolução e framerate, ao estilo do DLSS da Nvidia e FSR da AMD, tirando partido de tecnologias de machine learning e AI.

A PS5 original foi lançada em Novembro de 2020, mas passou bastante tempo com produção limitada e fazendo com que fosse difícil encontrar uma. Agora que essas questões já foram resolvidas (há muito) e a Sony já lançou versões optimizadas como a PS5 Slim no final de 2023, a empresa nipónica parece achar que se está no momento certo para lançar o modelo Pro para continuar a impressionar os fãs e jogadores.

EA lança jogos clássicos no Steam

A EA lançou alguns dos seus jogos clássicos no Steam, incluindo a série Command & Conquer, Populous, SimCity e Dungeon Keeper.

Hoje em dia não há forma mais fácil dos estúdios irem buscar dinheiro, do que apelarem à nostalgia e relançarem os seus velhos clássicos (que por esta altura já deveriam oferecer gratuitamente). Sem surpresas, é precisamente isso que a EA está a fazer, disponibilizando alguns dos títulos que nos entreteram durante centenas de horas nas décadas passadas no Steam a preço de saldo.

Estes clássicos EA no Steam incluem:

• Command & Conquer The Ultimate Collection
• SimCity 3000 Unlimited
• Populous
• Populous II: Trials of the Olympian Gods
• Populous: The Beginning
• Dungeon Keeper Gold
• Dungeon Keeper 2
• Sid Meier’s Alpha Centauri Planetary Pack
• The Saboteur

Embora já tivesse alguns dos jogos C&C na minha colecção, não resisti à tentação de ficar com a colecção completa por menos de 10 euros (infelizmente comprovando que a táctica de lucrar à custa da nostalgia funciona).

Emulador Yuzu encerra após processo da Nintendo

O mais popular emulador de Nintendo Switch, Yuzu, foi alvo de um processo da Nintendo, que resultou naquilo que se pode considerar uma "rendição total e incondicional".

Embora contasse com o apoio de fãs, os responsáveis pelo emulador nem sequer tentaram combater o caso nos tribunais, aceitando pagar uma indemnização de $2.4 milhões à Nintendo e também admitindo publicamente que o emulador se destinava a "contornar os sistemas de protecção e facilitar o acesso a jogos da Nintendo Switch", tal como a Nintendo pretendia. Ficam também permanentemente impedidos de continuar qualquer tipo de trabalho no Yuzu ou qualquer ferramenta que tente ultrapassar as protecção da Nintendo.

Embora dificilmente seja o fim dos emuladores de consolas Nintendo, é no entanto um rude golpe que terá certamente repercussões entre todos os que se dedicam aos emuladores.

Apple cancela conta da Epic - diz que não é empresa de confiança

Demonstrando que a pseudo-abertura da Apple às app stores alternativas não é aquilo que seria suposto ser, a Epic foi surpreendida por novo cancelamento da sua conta, impedindo que lance a sua app store e jogos como o Fortnite.

A Epic Games estava satisfeita com as exigências do DMA europeu, que obriga a Apple a permitir app stores alternativas - embora falte esclarecer a questão da Apple continuar a cobrar comissões sobre essas app stores e sobre formas de pagamento externas. No entanto, os anunciados planos de que iria lançar a sua Epic Store para iOS e fazer regressar o Fortnite aos iPhones e iPads, são agora postos em causa pelo novo cancelamento da conta de developer da Epic que tinha sido reactivada recentemente.

A Apple justifica a decisão dizendo que considera a Epic uma entidade "que não é de confiança", e que "não acredita que irá honrar as condições contratuais".

We are bringing more opportunities to developers across all platforms and we’re so excited about what’s to come.… including bringing the Epic Games Store to iOS in Europe.

🚨 Dev account secured, let’s go! https://t.co/mZTvTLTbr9

— Epic Games Newsroom (@EpicNewsroom) February 16, 2024

📣 Fortnite is coming back to iOS in Europe this year! 📣

Via our soon to launch @EpicGames Store for iOS thanks to new rules in Europe via the new Digital Markets Act (DMA), stay tuned for more details. https://t.co/7nOa2lcdhN

— Epic Games Store (@EpicGames) January 25, 2024

Se não houver alterações, a solução alternativa para a Epic será disponibilizar os seus jogos através de uma app store de terceiros, mas não me parece que as coisas se fiquem por aqui.

Esta atitude demonstra desde logo que a Apple, embora possa estar a cumprir tecnicamente com o que é exigido pelo DMA Europeu, não está minimamente interessada em cumprir com aquilo que se esperava que o DMA possibilitasse (é totalmente ridículo que a Apple permita app stores alternativas, e depois continue a ter total poder para as deixar abrir ou não, e continuando a receber comissões das apps distribuídas por essa via, assim como dos pagamentos feitos por sistemas externos à Apple). Essa diferença de interpretações certamente será esclarecida nos tribunais, mas a recente multa de 1.8 biliões de euros à Apple poderá prenunciar que este tipo de atitude e tácticas lhe possam sair bem caras.

Latência do Xbox xCloud vs PlayStation Plus

Os serviços de streaming de jogos xCloud da Microsoft e PlayStation Plus da Sony foram postos à prova para avaliar a qualidade de imagem e o seu "lag"..

O tempo de reacção dos jogos é um factor crítico, e que se torna ainda mais crítico quando se fala de jogos via streaming. Noutros tempos, seria algo imediatamente descartado como sendo "impossível", só de se imaginar que um jogo estaria a ser executado num servidor remoto, codificando as imagens e transmitindo-as para o computador do utilizador, que depois reagiria às mesmas carregando nos botões do seu gamepad, que seriam transmitidos para o servidor remoto, para gerar novas imagens, e assim sucessivamente. Esse tempo tem que ser o mais reduzido possível, de forma a criar a ilusão de reacção instantânea aos controlos, e foi posto à prova pelo canal Digital Foundry.

Neste momento, o serviço Xbox xCloud leva vantagem, tendo conseguido um atraso de 99.6 ms versus 137.8 ms no PS5 Cloud Streaming (a latência do xCloud é quase a mesma que o jogo a correr localmente na PS5, o que indica que a Sony tem bastante a melhorar nessa área). Mas em qualidade de imagem, a Sony tem a vantagem, disponibilizando uma qualidade visual praticamente idêntica ao do jogo a correr localmente (em 4K), enquanto no xCloud se tem resolução reduzida e muito mais compressão de imagem.

Teria sido interessante se fossem abordadas as técnicas utilizadas para redução da latência, mas pode ser que isso surja num vídeo futuro.

Sora consegue criar jogos de vídeo como o Minecraft

O sistema de geração de vídeos Sora da OpenAI também parece conseguir criar jogos, elevando ainda mais as suas potencialidades.

Ao estilo do que aconteceu no período inicial após o lançamento do ChatGPT, em que a cada dia se ia descobrindo que as suas capacidades iam muito para além do que pensava, também o sistema de geração de vídeos Sora da OpenAI continua a demonstrar capacidades fascinantes, que podem ir para além da simples criação de vídeos.

Apesar de continuar a ter acesso extremamente limitado, o Sora parece também conseguir gerar jogos - como o exemplo de um jogo estilo Minecraft, que se pode ver no vídeo que se segue.

OpenAI Sora can simulate Minecraft I guess. Maybe next generation game console will be "Sora box" and games are distributed as 2-3 paragraphs of text. pic.twitter.com/9BZUIoruOV

— Andrew White (@andrewwhite01) February 16, 2024

A parte interessante é que, aparentemente, não se trata apenas de um "vídeo" gerado com o estilo visual do Minecraft, mas um jogo que efectivamente pode ser jogado, embora neste caso esteja a ser controlado pelo próprio modelo AI do Sora.

https://t.co/4FR6PD6wh6 pic.twitter.com/ABplROOGf0

— Andrew White (@andrewwhite01) February 16, 2024

Se isto começa a ser possível "já", facilmente se pode extrapolar que daqui por mais alguns anos, seja perfeitamente plausível que qualquer pessoa consiga criar um jogo dando um conjunto de regras e instruções a um modelo AI.

Talvez ainda se regresse aos tempos em que os fãs escreviam páginas de código copiado de revistas para criarem um jogo no seu ZX Spectrum; agora criando descrições detelhadas de como querem que os seus jogos sejam. Isto, além do processo de adaptação de um livro para filme se resumir a fazer pedido idêntico.