O jogo Anthem da BioWare deixará de poder ser jogado a 12 de Janeiro de 2026.
Relembrando o motivo da necessidade de iniciativas que assegurem o acesso aos jogos após os seus criadores e editores perderem o interesse neles, eis que temos mais um caso que se aproxima. A BioWare confirmou que Anthem, o seu shooter futurista com armaduras voadoras ao estilo "Iron Man", vai ser desligado de forma permanente a 12 de Janeiro de 2026.
Lançado em 2019, o jogo colocava os jogadores a controlar os chamados Javelins, num mundo cheio de monstros e inimigos. Apesar de um início conturbado, o jogo acabou por resolver os problemas e conquistar um número razoável de jogadores. O seu desenvolvimento foi também complicado. A BioWare, especialista em RPGs como Mass Effect e Dragon Age, não tinha experiência para criar um shooter multijogador em modelo live-service. O jogo foi criticado pela falta de conteúdo e de ser repetitivo. Em 2021, os planos de renovação foram cancelados, com o estúdio a voltar a apostar em experiências single-player.
Ainda assim, Anthem vendeu cerca de 5 milhões de cópias e manteve uma base de fãs fiel que acreditava numa possível recuperação, como aconteceu com Final Fantasy XIV. No entanto, o modelo live-service e as exigências irrealistas da EA acabaram por inviabilizar essa hipótese. O jogo acabou por representar, para muitos, o fracasso das grandes editoras em gerir ideias promissoras em busca de lucros constantes.
Com o fecho dos servidores a aproximar-se, Anthem tornar-se-á mais um daqueles jogos que ficará para a história apenas como uma memória que não pode ser revivida, uma vez que o jogo não vai disponibilizar qualquer actualização que permita jogá-lo usando modos alternativos (como servidores privados entre amigos).
segunda-feira, 7 de julho de 2025
sábado, 5 de julho de 2025
Stop Killing Games ultrapassa 1M de assinaturas
A Stop Killing Games já ultrapassou um milhão de assinaturas na petição para tentar assegurar a vida dos videojogos após o fim do suporte oficial.
É totalmente obsceno que, nos dias de hoje, se tenha tornado "normal" assumir que um jogo comprado possa ser jogado apenas enquanto o seu editor desejar, mas que chegará um momento em que serão desligados os servidores de autenticação ou do multiplayer, podendo fazer com que o jogo se torne injogável e apenas numa memória que se vai desvanecendo ao longo do tempo.
A iniciativa Stop Killing Games quer combater esta prática, pedindo que os editores e estúdios sigam protocolos responsáveis de "fim de vida" nos jogos. Por exemplo, poderão lançar patches que possibiitem que o jogo possa arrancar sem necessidade de autenticação em servidores externos (que tenham sido desactivados), ou permitam o uso de servidores multiplayer mantidos pela comunidade. Enfim, que permitam que o jogo possa continuar a ser jogado da forma mais próxima possível à que tinha sido prometida aos jogadores.
Agora, petição Stop Killing Games na UE não só passou o marco necessário de 1 milhão de assinaturas, como já acelera a bom ritmo em direcção ao novo objectivo de 1.4 milhões - neste momento tendo também já superado 1.1 milhões de assinaturas.
Se ainda não assinaram é uma excelente oportunidade para juntarem o vosso nome a este pedido, que poderá fazer toda a diferença a nível de poderem revisitar jogos que vos tenham marcado, sem que tenham que recorrer às actuais formas de o fazer, que invariavelmente passam pelo recuso a versões ou patches "pirata", com todos os inerentes riscos de segurança a isso associados.
É totalmente obsceno que, nos dias de hoje, se tenha tornado "normal" assumir que um jogo comprado possa ser jogado apenas enquanto o seu editor desejar, mas que chegará um momento em que serão desligados os servidores de autenticação ou do multiplayer, podendo fazer com que o jogo se torne injogável e apenas numa memória que se vai desvanecendo ao longo do tempo.
A iniciativa Stop Killing Games quer combater esta prática, pedindo que os editores e estúdios sigam protocolos responsáveis de "fim de vida" nos jogos. Por exemplo, poderão lançar patches que possibiitem que o jogo possa arrancar sem necessidade de autenticação em servidores externos (que tenham sido desactivados), ou permitam o uso de servidores multiplayer mantidos pela comunidade. Enfim, que permitam que o jogo possa continuar a ser jogado da forma mais próxima possível à que tinha sido prometida aos jogadores.
Agora, petição Stop Killing Games na UE não só passou o marco necessário de 1 milhão de assinaturas, como já acelera a bom ritmo em direcção ao novo objectivo de 1.4 milhões - neste momento tendo também já superado 1.1 milhões de assinaturas.
Se ainda não assinaram é uma excelente oportunidade para juntarem o vosso nome a este pedido, que poderá fazer toda a diferença a nível de poderem revisitar jogos que vos tenham marcado, sem que tenham que recorrer às actuais formas de o fazer, que invariavelmente passam pelo recuso a versões ou patches "pirata", com todos os inerentes riscos de segurança a isso associados.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Steam passa a contabilizar frames DLSS e FSR
Para melhor indicação do impacto que as tecnologias de geração de frames têm nos jogos, o Steam passa a contar com indicador de frames por segundo diferenciado.
A Valve lançou nova ferramenta de monitorização de desempenho no Steam que permite ver, em tempo real, como as tecnologias de geração de frames - como o DLSS da Nvidia ou o FSR da AMD - afectam a fluidez dos jogos. Esta actualização do Steam Client já está disponível para utilizadores Windows com hardware gráfico comum.
O novo monitor de desempenho oferece quatro níveis de detalhe: desde um simples valor de FPS até informações completas sobre FPS, utilização do CPU, GPU e memória RAM. Esta segmentação ajuda os jogadores a perceberem se os jogos estão realmente a correr de forma fluida ou se estão apenas a parecer mais suaves graças a frames "falsos" gerados por AI.
Ao contrário do contador de FPS básico que o Steam já tinha, esta ferramenta separa os frames gerados dos frames nativos, o que pode ajudar a explicar discrepâncias entre o que se vê no ecrã e o que realmente se sente ao jogar. A Valve alerta que estas técnicas não reduzem a latência, sendo por isso menos úteis para jogadores competitivos, mas melhoram a fluidez visual em monitores com taxas de actualização elevadas.
Esta funcionalidade aproxima a experiência do Steam no desktop à que já existe no Steam Deck, que também inclui ferramentas como o MangoHud para monitorizar o hardware. A Valve promete ainda melhorias futuras no overlay de desempenho, como alertas para situações comuns de má desempenho gráfico e resumos mais completos quando se pressiona Shift + Tab durante o jogo.
A Valve lançou nova ferramenta de monitorização de desempenho no Steam que permite ver, em tempo real, como as tecnologias de geração de frames - como o DLSS da Nvidia ou o FSR da AMD - afectam a fluidez dos jogos. Esta actualização do Steam Client já está disponível para utilizadores Windows com hardware gráfico comum.
O novo monitor de desempenho oferece quatro níveis de detalhe: desde um simples valor de FPS até informações completas sobre FPS, utilização do CPU, GPU e memória RAM. Esta segmentação ajuda os jogadores a perceberem se os jogos estão realmente a correr de forma fluida ou se estão apenas a parecer mais suaves graças a frames "falsos" gerados por AI.
Ao contrário do contador de FPS básico que o Steam já tinha, esta ferramenta separa os frames gerados dos frames nativos, o que pode ajudar a explicar discrepâncias entre o que se vê no ecrã e o que realmente se sente ao jogar. A Valve alerta que estas técnicas não reduzem a latência, sendo por isso menos úteis para jogadores competitivos, mas melhoram a fluidez visual em monitores com taxas de actualização elevadas.
Esta funcionalidade aproxima a experiência do Steam no desktop à que já existe no Steam Deck, que também inclui ferramentas como o MangoHud para monitorizar o hardware. A Valve promete ainda melhorias futuras no overlay de desempenho, como alertas para situações comuns de má desempenho gráfico e resumos mais completos quando se pressiona Shift + Tab durante o jogo.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
O mistério das webcams na Nintendo Switch 2
Alguns fabricantes estão a preparar actualizações para tornar as suas webcams compatíveis com a Nintendo Switch 2.
Uma das novidades da Nintendo Switch 2 é permitir usar webcam para partilhar as sessões com amigos, mas muitos utilizadores descobriram que algumas webcams modernas não funcionavam com a consola enquanto modelos mais antigos funcionavam sem problema. Agora, as marcas Ugreen e Elgato dizem ter identificado a causa do problema e prometeram lançar actualizações de firmware para corrigir a situação.
A razão parece estar na forma como a Switch 2 escolhe o modo de funcionamento das câmaras ligadas por USB. Webcams mais recentes apresentam vários modos ao dispositivo, e a consola pode seleccionar um modo incompatível com o seu funcionamento. A solução da Elgato, por exemplo, passa por adicionar um modo de baixa resolução (480p a 30fps).
A Ugreen confirmou que também irá actualizar várias das suas webcams nas próximas semanas, enquanto a Elgato planeia lançar actualizações para as Facecam MK.2 e Facecam Neo até ao final de Julho. A grande questão é se não seria mais adequado ser a Nintendo a lançar uma actualização para melhorar a compatibilidade com estas câmaras (e outras), reduzindo a frustração entre os seus clientes. Afinal, seria suposto que qualquer câmara USB standard funcionasse, o que claramente não é o caso.
Uma das novidades da Nintendo Switch 2 é permitir usar webcam para partilhar as sessões com amigos, mas muitos utilizadores descobriram que algumas webcams modernas não funcionavam com a consola enquanto modelos mais antigos funcionavam sem problema. Agora, as marcas Ugreen e Elgato dizem ter identificado a causa do problema e prometeram lançar actualizações de firmware para corrigir a situação.
A razão parece estar na forma como a Switch 2 escolhe o modo de funcionamento das câmaras ligadas por USB. Webcams mais recentes apresentam vários modos ao dispositivo, e a consola pode seleccionar um modo incompatível com o seu funcionamento. A solução da Elgato, por exemplo, passa por adicionar um modo de baixa resolução (480p a 30fps).
Mas o problema não é só a resolução. Segundo a Ugreen, para uma câmara funcionar com a Switch 2, esta não pode usar o protocolo HID, tem de estar configurada para transferência USB isócrona (menos exigente que modo Bulk), e não deve listar modos com menos de 30fps. Embora estas especificações não venham nas caixas dos produtos, podem ser verificadas com ferramentas como o USBView num PC.On the resolution - I think this is just Nintendo being Nintendo. They’ve never cared about tech specs, only about creating very specific experiences. In this case it’s putting multiple tiny facecams on screen and I can imagine that only works reliably at very low resolution. https://t.co/RCHF3LK1fq
— Julian (@JFest) June 25, 2025
A Ugreen confirmou que também irá actualizar várias das suas webcams nas próximas semanas, enquanto a Elgato planeia lançar actualizações para as Facecam MK.2 e Facecam Neo até ao final de Julho. A grande questão é se não seria mais adequado ser a Nintendo a lançar uma actualização para melhorar a compatibilidade com estas câmaras (e outras), reduzindo a frustração entre os seus clientes. Afinal, seria suposto que qualquer câmara USB standard funcionasse, o que claramente não é o caso.
sábado, 28 de junho de 2025
Netflix abandona Monument Valley e outros jogos
A Netflix parece ter mudado de ideias, e isso leva ao desaparecimento de mais de duas dezenas de jogos mobile que disponibilizava.
Os serviços de streaming podem ter muitas vantagens a nível de conveniência, mas sofrem também da grande desvantagem dos conteúdos que vão sendo removidos. Já todos se terão deparado com algum filme ou série que queriam ver e que estava disponível, mas que entretanto foi removido por algum qualquer motivo de licenciamento ou renegociação (como quando a Disney lançou o Disney+ e retirou os filmes Star Wars e da Marvel dos serviços de streaming concorrentes). E agora, temos novo desaparecimento a fazer-se sentir no sector dos jogos.
Há alguns anos a Netflix decidiu apostar nos jogos, dizendo que este era um dos grandes sectores para o futuro, e disponibilizando uma selecção de jogos mobile que ficavam disponíveis gratuitamente para os subscritores. Só que agora, dá o dito por não dito, e anunciou que irá fazer desaparecer uma série de jogos do seu catálogo:
Por agora a Netflix ainda vai manter o seu jogo mais popular, o Grand Theft Auto: San Andreas, assim como o jogo Squid Game: Unleashed (mau seria, num momento em que está prestes a lançar nova temporada de episódios da série); mas, parece estar mais que visto que os ventos mudaram, e "grande aposta" da Netflix nos jogos irá tornar-se apenas em mais uma das fugazes memórias da imprevisibilidade dos serviços online.
Os serviços de streaming podem ter muitas vantagens a nível de conveniência, mas sofrem também da grande desvantagem dos conteúdos que vão sendo removidos. Já todos se terão deparado com algum filme ou série que queriam ver e que estava disponível, mas que entretanto foi removido por algum qualquer motivo de licenciamento ou renegociação (como quando a Disney lançou o Disney+ e retirou os filmes Star Wars e da Marvel dos serviços de streaming concorrentes). E agora, temos novo desaparecimento a fazer-se sentir no sector dos jogos.
Há alguns anos a Netflix decidiu apostar nos jogos, dizendo que este era um dos grandes sectores para o futuro, e disponibilizando uma selecção de jogos mobile que ficavam disponíveis gratuitamente para os subscritores. Só que agora, dá o dito por não dito, e anunciou que irá fazer desaparecer uma série de jogos do seu catálogo:
- Battleship
- Braid, Anniversary Edition
- Carmen Sandiego
- CoComelon: Play with JJ
- Death’s Door
- Diner Out: Merge Cafe
- Dumb Ways to Survive
- Ghost Detective
- Hades
- Katana Zero
- Lego Legacy: Heroes Unboxed
- Ludo King
- Monument Valley
- Monument Valley 2
- Monument Valley 3
- Rainbow Six: Smol
- Raji: An Ancient Epic
- SpongeBob: Bubble Pop F.U.N.
- TED Tumblewords
- The Case of the Golden Idol
- The Rise of the Golden Idol
- Vineyard Valley
Por agora a Netflix ainda vai manter o seu jogo mais popular, o Grand Theft Auto: San Andreas, assim como o jogo Squid Game: Unleashed (mau seria, num momento em que está prestes a lançar nova temporada de episódios da série); mas, parece estar mais que visto que os ventos mudaram, e "grande aposta" da Netflix nos jogos irá tornar-se apenas em mais uma das fugazes memórias da imprevisibilidade dos serviços online.
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