Para quem tem centenas ou milhares de jogos acumulados no Steam, não há boas notícias quanto ao destino da sua colecção após a morte do utilizador.
Um utilizador do Steam perguntou, por mera curiosidade, se podia deixar a sua conta Steam em testamento para os seus descendentes. A resposta não foi a esperada, com a Valve a dizer que as contas não são transferíveis e que não pode assistir na tarefa de dar acesso a outra pessoa ou transferir os jogos para outra conta. Ou seja, em caso de morte do utilizador, a Valve assume que a conta morrerá também e ficará indisponível.
Obviamente que não era essa a resposta desejada. Muitas pessoas terão acumulado dezenas, centenas, ou até milhares de jogos, com valores que podem ir das dezenas aos milhares de euros investidos ao longo das décadas. Dizer que tudo isso desaparecerá sem que possa ser transferido para outra pessoa, é um rude golpe que volta a relembrar-nos de que não somos realmente donos de nada nesta era de conteúdos digitais.
Claro que mesmo sem forma oficial de transferir os jogos de uma conta para outra, que deveria ser um processo obrigatório para estas plataformas, nada impede os utilizadores de partilharem os seus dados de login com a pessoa a quem deseja ceder os jogos. No entanto, isso é algo que a Steam poderá bloquear por, oficialmente, ser contra as suas condições de acesso; e, a mais longo prazo, certamente poderá também decidir fazer algo quando começar a ter contas de utilizadores com 100, 120, e 150 anos.
Estas questões do que fazer com as conteúdos digitais na eventualidade de morte do utilizador é algo que deveria ser considerado desde logo em todas as plataformas, e resta esperar que o Steam acabe por rever a sua posição, pois será bastante frustrante dizer que todas as colecção de jogos, acumulada durante a vida de todos os seus clientes, está condenada a desaparecer sem possibilidade de ser transferida para alguém.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário