quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Xbox Series X - primeiras impressões

Que tal se comporta a nova e mais poderosa consola Xbox até à data? Eis as primeiras impressões de um par de horas com uma Xbox Series X.

As novas Xbox Series X|S já chegaram às lojas, e desta vez a Worten portou-se bem e conseguiu entregar a Series X que tinha encomendado há meses no dia de lançamento, e não fui o único. Estavam lá mais meia dúzia de consolas pré-compradas, e a funcionária simpaticamente me informou que havia pessoas que tinham passado o dia a telefonar para lá a perguntar se já tinham chegado para as poderem ir buscar. Tive sorte, porque arrisquei passar lá mesmo sem ter recebido o SMS de aviso para o levantamento (solictei a entrega em loja para precaver contra atrasos no envio para casa), e estavam mesmo a ser descarregadas quando cheguei. Mas adiante...

A Xbox Series X adopta um formato incomum, que no melhor caso nos poderá fazer recordar a saudosa Nintendo GameCube mas em versão esticada. É literalmente um paralelepípedo, já apelidado de "frigorífico", que poderá causar algumas dificuldades de instalação face às gerações anteriores, que melhor se enquadravam numa torre de equipamento A/V. Ainda assim, é possível usá-la tanto na vertical como na horizontal.

Havendo espaço físico, o processo de trocar uma Xbox One por um Series X é algo que se faz em segundos. Basta desligar o cabo de alimentação e HDMI da consola antiga, e encaixar na nova. Simples e eficaz (detalhe importante: rever as configurações da TV para que aceite entrada HDR, pois a troca de consola pode fazer com que o input HDMI volte ao estado normal).

A nível de fichas não podemos dizer que temos muitas disponíveis. Temos uma ficha USB-A à frente, e duas atrás, a que se junta o slot de expansão de capacidade com os cartões SSD proprietários, a ficha Ethernet, ficha de alimentação e HDMI. Considerando a possibilidade de se querer recarregar dois gamepads e usar um disco externo, já ficam todas as fichas ocupadas.


Passando para aquilo que os jogadores irão ter contacto físico permanente, o gamepad será imediatamente reconhecível para quem já estava habituado a jogar Xbox, mas em formato quase imperceptívelmente mais pequeno - o que será do agrado dos mais novos e de quem tiver mãos mais pequenas, mas poderá deixar saudades do controlador antigo para quem tiver mãos maiores - de qualquer forma, é perfeitamente possível continuar a utilizar os gamepads anteriores com a nova Xbox, pelo que não se perde nada. Ponto negativo para o facto da MS continuar a mandar controladores sem bateria recarregável, que vende à parte por mais 20 euros!

O detalhe que mais se fará notar, é que a parte traseira do controlador tem agora uma textura que evita deslizes acidentiais, tratamento que também foi dado aos botões de trigger na frente. O tradicional botão de "cursor" em cruz deu também lugar a um botão octagonal que facilita o uso das diagonais - e com microswitches bastante mais barulhentos em termos de "cliques".

Em funcionamento

Passando para a parte que interessa, lamento informar que a primeira experiência com a Xbox Series X não será a mais agradável. Para começar, levamos logo com um update de cerca de 1GB, que dependendo da ligação que se tiver, poderá prolongar o desespero de querer usar a consola por dezenas de minutos. Mais ridículo é que depois dessa actualização seja exigida uma actualização ao firmware do controlador, que demora quase tanto como a actualização da consola.

Durante o processo inicial é também recomendado que os utilizadores instalem a app Xbox nos seus smartphones para fazerem a configuração de forma mais fácil, mas também aí a experiência é desastrosa. É pedido para os utilizadores introduzirem um código que aparece no ecrã (parece que a MS nunca ouvir falar de QR Codes), e mesmo tendo uma dúzia de vezes, o processo nunca funcionou, obrigando a que a configuração tivesse que ser feita na consola "à moda antiga" (password WiFi, conta Xbox, etc.) Refira-se que mesmo depois da nova Xbox estar configurada, e após múltiplas tentativas, até ao momento ainda não consegui fazer com que a app Xbox reconhecesse a nova consola (coisa que na anterior Xbox One X tinha sido feito sem problema). Actualização: no dia seguinte, sem ter feito mais nada, a Xbox já aparece na app.

Em antecipação à chegada da Series X já tinha copiado os 800GB de jogos que tinha na One X para um SSD externo, e por isso bastou ligar o SSD na Series X para ficar com acesso ao catálogo que tinha, poupando-me o download. Ou melhor dizendo, quase tudo. Estranhamente houve jogos, como o Minecraft, que simplesmente não foram transferidos, obrigando a reinstalação - mas felizmente com todos os savegames a serem devida recuperados da cloud.

Também de pouca utilidade foi fazer pesquisa por actualizações dos jogos na Series X. Embora houvesse um par de actualizações, muitos dos jogos apenas começaram a fazer a actualização depois de os tentar abrir pela primeira vez, informando que havia actualização para o jogo ficar melhorado para a Series X - nalguns casos obrigando ao download de mais umas dezenas de gigabytes.

Em suma, em vez de se ter uma experiência de tirar uma consola da caixa e poder estar a jogar em poucos minutos, preparem-se para sofrer algumas horas até poderem começar a usufruir devidamente desta nova Xbox.

Mas, eventualmente, lá ficamos com a consola pronta a trabalhar (mesmo não sendo ainda reconhecida pela app Xbox no smartphone), e... o resto é assunto para a segunda parte. :)


Notas adicionais:
  • A Xbox Series X é extremamente silenciosa
  • O processo de arranque é bastante rápido
  • Existe toda uma nova fluidez no interface principal que torna menos frustrante ter que dar um salto à loja, ir espreitar o espaço livre, regressar ao jogo, etc.

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