domingo, 29 de novembro de 2009

Os Jogos da Minha Vida – Parte 7

(Ed. Eis a sétima e última parte do mega-artigo do meu caro amigo Mário Ferreira, que resolveu colocar "no papel" aquilo que tantas vezes nos passa pela cabeça e que é tema recorrente sempre que falamos sobre jogos: quais os jogos que permanecem na nossa memória. Não se esqueçam de ler as restantes partes.)



7ª Etapa – Período de 2005 à presente data (2009)


Finalmente a última etapa. O artigo revelou-se moroso de escrever e mesmo cansativo, sendo contudo compensador pelas memórias que relembrei durante a sua realização, ao reviver quase 30 anos da minha vida passados com computadores.

Esta é a era dos 64 bits e da massificação das consolas. Adquiri (e ainda as possuo e utilizo quase diariamente) as seguintes máquinas: AMD Athlon 64 3200+, Intel Core 2 Duo E6420 e Intel i7 920. Torna-se também a era do processamento paralelo, iniciado com o Dual Core E6420, mas levado ao extremo no i7 920, ao possuir 8 cores (4 reais + 4 Hyperthread), discos em Raid e duas placas gráficas em SLI.

No domínio das consolas é a era da Nintendo DS, Nintendo Wii, Xbox 360 e PS3. Curiosamente, apesar de possuir todas estas consolas, e apenas me faltando a PSP para fechar o ciclo, esta ultima não me atraiu minimamente, e como tal encontra-se fora dos projectos de aquisição.


Infelizmente há já outros factores que me começam a afastar cada vez mais dos videojogos, tais como as protecções idiotas usadas nos mesmos, em que após gastar 60 ou mais euros num jogo (actualmente há jogos a atingir os 200 euros) sou tratado como um imbecil e gatuno; com a instalação de softwares não solicitado nas minhas máquinas, limitando-me o uso dos mesmos com instalações limitadas, controlos de originalidade online, etc.

Mais ainda, são cada vez mais os jogos lançados para o mercado com falhas limitativas da sua jogabilidade que nunca são corrigidas, ou o são de forma deficiente, mas que nem por isso trazem um preço de custo inferior. Exemplo disso é o jogo Guitar Hero III, na versão Wii que, apesar de ser totalmente baseado em som e ostentar o logótipo DOLBY PRO LOGIC, saiu para a Europa com o áudio em MONO, um standard dos anos 70. Quando o liguei ao meu sistema DTS e confrontado com esta realidade, contactei o fornecedor que desconhecia o facto mas que, após investigação, reconheceu o problema revelando que não existiam planos para corrigir essa situação em Portugal dado que eu teria sido o único Português, apesar da venda de milhares de cópias, que reclamou do facto. Felizmente para mim, dado o barulho que gerei recebi uma versão corrigida do jogo, mas creio, acreditando no fornecedor, que sou o único Português que pagou (90 euros) pelo jogo original que a possui.

Eis os meus destaques para este período, e é curioso reparar que apesar de possuir uma XBOX 360, não existe nenhum jogo exclusivo para ela digno de figurar aqui:
(Ed.: Não sejas mauzinho, Halo 3, Dead Rising, etc.? ;)


NEED FOR SPEED MOST WANTED – PC – 2005
NFS: Most Wanted foi, para mim, o pico da série Need For Speed. Uma banda sonora extraordinária acrescentava ainda mais emoção ao extraordinário ritmo do jogo. As perseguições policias desde jogo são lendárias e visualmente assombrosas, com acidentes, colisões, explosões, etc. A acompanhar tudo isto temos uma história bem conseguida que nos leva a percorrer um sem número de provas para alcançar o topo de uma lista de “street racers”, acompanhada por intrigas e pressões policiais. Um jogo fabuloso, com uma cidade de dimensões impressionantes e bem modelada com gráficos de chorar por mais e dezenas de carros que podem sofrer alterações mecânicas e visuais das mais completas que se pode imaginar, mas que infelizmente marcou não só o topo, como o declínio da série, dado que os títulos posteriores foram de fraca qualidade e acabaram por alterar radicalmente o estilo de jogo.

WII SPORTS – WII – 2006
Com gráficos ultrapassados, uma pista áudio como já não se usa, Wii Sports choca os adeptos dos actuais jogos com grandes gráficos e som. Mas esperem até jogar! Wii Sports tem uma jogabilidade FABULOSA, FANTÁSTICA, ABISMAL, etc. Todos os adjectivos são poucos para conseguir definir a jogabilidade deste jogo, o que é conseguido graças ao uso do fabuloso comando Wiimote. Há poucos jogos na Wii capazes de impressionar, mas curiosamente Wii Sports que até vem com a consola é um desses títulos, e a Nintendo deve a maior parte das vendas da sua consola a este jogo. É curiosamente o estilo de jogo que atrai mesmo aqueles que não apreciam jogos de computador, e isso é um feito notável.

ASSASSINS CREED – PC – 2007
Alternando entre o presente e o passado, o jogo conta-nos a história de Desmond Miles um descendente de Altaïr Ibn la-Ahad (“Filho de ninguém”), um membro de um clan de assasinos que existiu em 1911 e que pretendia obter dos cavaleiros templários um objecto místico capaz de criar grandes ilusões. Com a ajuda de uma máquina capaz de descodificar a memória genética de Desmond, este vive na primeira pessoa as memórias do seu antepassado Altair. Com cidades medievais extremamente bem modeladas e onde o tráfego de pessoas pelas ruas é uma constante vendendo, passeando, conversando, etc, o jogo oferece um mundo aberto e livre onde a história se desenrola e onde assistiremos a tramas politicas diversas conforme vamos desvendando o verdadeiro objectivo que se encontra por trás da missão fornecida para matar 9 personagens influentes da época. Um colosso de jogo e que na minha modesta opinião não recebeu as notas a que verdadeiramente deveria ter direito e que foram dadas pela critica da especialidade.

CALL OF DUTY MODERN WARFARE – PC – 2007
Apesar de Call of Duty ter já conquistado um lugar de destaque na minha lista de melhores jogos de sempre, quando se pensava que a série já tinha surpreendido tudo o que podia, eis que surge o quarto episódio desta série, desta vez acompanhado do sub-titulo Modern Warfare. E que jogão surgiu aqui. Ultrapassando tudo o que a série já tinha feito até então, este titulo foi um sucesso imediato de vendas e deu mesmo origem a um novo franchising separado dentro da série Call Of Duty. Um jogo fabuloso, com uma história fenomenalmente concebida contada, com sequências de acção fabulosas. As missões de sniper (na foto) são de uma qualidade extrema e destacam-se dentro do jogo já de si fabuloso, tornando-se memoráveis e inesquecíveis.

LEGEND OF ZELDA: PHANTOM HOURGLASS – DS – 2007
Muitos poderão questionar o que faz um jogo para a Nintendo DS no meio dos melhores jogos de uma época marcada pela extrema qualidade gráfica e sonora.
Mas na realidade se esses fossem os únicos imperativos de escolha teríamos já eliminado Wii Sports desta lista. Felizmente não o são, e a jogabilidade e diversão, aquilo que verdadeiramente conta num jogo, foram os meus critérios, e dessa forma Legend of Zelda – Phantom Hourglass ganhou todo o direito a aqui estar.
Com uma história fabulosa ao nível do que de melhor a série Zelda sempre apresentou, e com uns gráficos invejáveis para uma Nintendo DS, Zelda prima pela qualidade. Mas felizmente prima mais factores, nomeadamente a interactividade e a forma como explora as capacidades da consola. Assim, iremos explorar ao máximo, e de uma forma única, características como o ecrã táctil, o microfone, o duplo ecrã e, imaginem lá, mesmo o facto de a consola abrir e fechar.
Legend of Zelda – Phantom Hourglass pode estar realizado num sistema tecnicamente inferior, mas as suas características únicas que só poderiam ser obtidas na DS tornam-no num título de referência, batendo outros jogos tecnicamente superiores realizados para outros sistemas. Quem tem uma DS é um jogo que deverá forçosamente experimentar.

CRYSIS – PC – 2007
Se existe jogo que é uma montra tecnológica daquilo que de melhor se faz a nível de grafismo, então Crysis é esse jogo. Trata-se de um jogo com uma qualidade altíssima em todos os aspectos, mas que graficamente é pura e simplesmente incomparável. Nada, mas mesmo nada no mercado atinge os patamares de excelência gráfica de Crysis. Felizmente sou possuidor de um sistema que me permite usufruir da qualidade máxima do grafismo que este jogo oferece, mas essa é uma situação que só recentemente foi possível pois o jogo é de tal forma exigente que, quando foi lançado era impossível manter-se uma performance gráfica aceitável com o grafismo no máximo. É um jogo que joguei, re-joguei, e estou ainda a jogar, desfrutando agora do melhor que o jogo tem para oferecer. Um COLOSSO!

LITTLE BIG PLANET – PS3 – 2008
Litle Big Planet é um caso curioso de um videojogo fabuloso baseado num estilo completamente ultrapassado. É que, efectivamente, Little Big Planet é um mero jogo de plataformas, mas possui uma qualidade tal que o torna fabuloso. O grafismo é perfeito, com pequenos bonecos de saco controláveis permanentemente ao pormenor, desde a movimentação dos braços à expressão facial, e com cenários fantasticamente bem conseguidos em cartão ou outros materiais vindo do mundo dos brinquedos. Acrescentando alguma profundidade, o jogo não se torna do estilo tradicional de plataformas 2D, mas antes um 3D limitado, até porque os objectos e personagens possuem profundidade e não são meros pedaços de papel (a paisagem da imagem é uma mera coincidência de um cenário de cartão). Concebido para ser jogado online e por vários jogadores em simultâneo, LBP é uma diversão permanente e um jogo que se destaca dos demais.

BATMAN ARKHAM ASYLUM – PC 360 – 2009
Arkham Asylum caiu literalmente do céu. Ninguém estava a contar que este título fosse tão bom como efectivamente se veio a comprovar. Um grafismo fora de série, com texturas de alta definição de qualidade extrema, uma jogabilidade fabulosa e aquela que é, na minha opinião, a melhor representação da personagem que Batman é suposto ser. Com Mark Hamill, o célebre Luke Skywalker no papel de Joker, o vilão principal do jogo, temos aqui uma obra de altíssima qualidade que é de jogar e no fim, de chorar por mais.

UNCHARTED 2 – PS3 – 2009
Dizer que Uncharted 2 tem melhores gráficos que Crysis é mentir. No entanto o seu grafismo é abismal e parece mentira afirmar que, ao contrário de Crysis que requer um sistema ultra potente com imensa RAM, Uncharted 2 foi criado para uma plataforma de menor capacidade e com apenas 512 MB de RAM. Se já Uncharted 1 era um grande jogo e dos melhores da PS3, Uncharted 2 consegue ser fabuloso em TODAS as vertentes que podem existir, tornando-se naquele que é, provavelmente, o melhor videojogo de sempre, para todos os formatos:
Banda sonora – Fabulosa √
Grafismo – Maravilhoso √
Jogabilidade – Lendária √
Acção – Prodigiosa √
História – Assombrosa √
etc etc (também se me estavam a acabar os sinónimos  ).
Uncharted 2 está ao nível de uma obra-prima do cinema (e vai mesmo ser realizado um filme Uncharted), é um portento tecnológico e uma obra prima da programação, sendo a melhor montra que se poderia imaginar para demonstrar aquilo que a PS3 realmente é capaz de fazer quando programada de raiz para o seu hardware. A existir uma barreira que separa os jogos da actual geração dos jogos de próxima geração, então Uncharted 2 foi o primeiro a quebra-la e torna-se numa compra obrigatória para todos os fans de videojogos.

E cá está. A lista dos jogos que mais prazer me deram jogar. Estão muitos outros de for a e a escolha por vezes não foi fácil, apesar de necessária. Gostava de ouvir a opinião de outras pessoas que tenham vivido experiências semelhantes em todas ou apenas em algumas destas épocas, dai que fica a questão no ar: E para vocês, quais foram os vossos favoritos?


(Ed.: Novamente agradeço ao Mário a disponibilização deste mega-artigo aqui no thisisyouramigaspeaking, mesmo tendo optado pela "concorrência" - Atari ST - em vez do mega-hiper-fabulástico Amiga! ;)

6 comentários:

  1. Xbox300... nunca jogaste no Gears of War ? é o primero grande jogo da xbox360

    Mario Galazy na Wii, quando falas em jogabilidade falta o melhor de todos!

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  2. Gears of War é um grande jogo... Mas não é um super jogo que mereça direito a estar neste top 10. Sinceramente gostei, mas não o achei nada de mais! Mas aqui claro, entram os gostos de cada um. O BIOSHOCK que levou 10/10 de muitas revistas não gostei nada dele. Mas lá está... Cada um é como é!

    Pessoalmente ando agora a passar-me com o Assassins Creed 2. Se o 1 era bom, o 2 está de arrasar. FABULOSO!

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  3. Excelente conjunto de artigos. Obrigado por estas memórias.
    Acho que vou desencantar o screamer para jogar no netbook :p

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  4. É sim, um excelente conjuntode posts que faz reavivar memórias nostálgicas. :)

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  5. Excelentes artigos! Mas não falta o período 2000-2005? :)

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