sábado, 28 de novembro de 2009

Os Jogos da Minha Vida – Parte 6

(Ed. Eis a sexta parte do mega-artigo do meu caro amigo Mário Ferreira, que resolveu colocar "no papel" aquilo que tantas vezes nos passa pela cabeça e que é tema recorrente sempre que falamos sobre jogos: quais os jogos que permanecem na nossa memória. Não se esqueçam de ler as restantes partes.)


6ª Etapa – Período de 2000 a 2005

Finalmente a informática quebra a barreira do Ghz, subindo exponencialmente. As máquinas aumentam de potência e são acompanhadas pelas placas gráficas 3D, assistindo-se assim a jogos com qualidade gráfica e características nunca vistas até então. É também um período de estreia para mim no mundo das consolas, com a aquisição de uma Sony Playstation 2, que se viria a revelar capaz de sustentar de forma exclusiva alguns (a maioria) dos grandes jogos deste período.
Os meus PC’s para este período estiveram equipados com um AMD Athlon 1 Ghz, um AMD Athlon XP 2000+ e um AMD Athlon XP 2400+.




Eis aqueles que para mim foram os melhores jogos para estas máquinas no período de 2000 a 2005:


GRAND THEFT AUTO 3 – PS2 – 2001
Independentemente do autor desta lista, com toda a certeza Grand Theft Auto apareceria sempre como um dos melhores jogos de sempre. Pioneiro no seu género, na liberdade oferecida e na dimensão do mundo ao nosso dispor, este é um jogo de referência. Poderá ser discutivel se alguma outra versão posterior deveria estar aqui em vez de GTA 3, mas a realidade é que as inovações posteriores foram pequenas face ao que este jogo já apresentava. A liberdade de acções seria mesmo questionada moralmente por jornalistas e mesmo politicos, pela forma como a personagem rouba, bate e mata livremente e impunemente, mas sem esquecer que se trata de um jogo e apenas um jogo, GTA 3 inovou de forma inédita e merece um lugar na lista dos melhores jogos desta época, senão mesmo nos de sempre.

ICO – PS2 – 2001
A história é estranha e nem se percebe sem se ler os manuais, mas ICO é um caso sério dos videojogos. As personagens não falam, e o miúdo que controlamos possui cornos que não se sabe bem como ou porquê apareceram, mas a realidade é que, apesar destas situações estranhas o jogo cativa desde o primeiro minuto, e a amizade entre o rapaz e a rapariga é de tal forma evidente que a ternura da mesma não passa despercebida ao jogador. Tentando salvar se a si mesmo o pequeno rapaz que controlamos põem em risco a sua vida para salvar a jovem moça que encontra. Ambos estão condenados a um destino trágico, mas o encontro dos dois vai alterar a realidade das coisas. Um jogo e uma história fenomenal!

CALL OF DUTY – PC – 2003
A primeira e segunda guerra mundial são talvez o tema mais usado para a criação de videojogos, mas Call of Duty destaca-se de todos os restantes titulos por a conseguir recrear como mais nenhum consegue.
Quando Call of Duty apareceu em 2003 foi uma verdadeira surpresa, conseguindo, como até então não havia sido feito, transmitir ao jogador o stress e a pressão da batalha, mesmo este sabendo que, ao contrário da vida real, recomeçar de novo. Baseado em factos reais, Call of Duty permitiu viver de forma até então inédita, situações da guerra cujo dramatismo passa ligeiramente ao lado mesmo dos melhores documentários. Um colosso que deu origem a um franchising de sucesso e que acompanhei desde o lançamento deste primeiro título.


UNREAL TOURNAMENT 2004 – PC – 2004
Se UT99 está presente nesta lista, mais depressa estará UT 2004. Dado o sucesso do jogo original a EPIC resolveu lançar em 2003 uma nova versão, UT 2003, imediatamente seguida de UT 2004. UT 2004 era quase igual a UT 2003, apenas acrescentando veículos ao jogo (e assim nos privam de mais 60 euros).
Apesar de tal, foi com UT 2004 que o Clan onde jogava (Murderer Beasts) realmente se destacou. Tendo eu a iniciativa de criar uma equipa para o novo UT, esta atingiu o “estrelato” ao se tornar na melhor equipa Portuguesa e atingir um lugar no ranking mundial entre os 15 primeiros. O tempo que dediquei a UT 2004 foi bem menor do que o dedicado a UT 99, sendo que acabei por abandonar as competições por falta de tempo, mas UT 2004 ficará sempre relembrado como o apogeu da minha era online.

FAR CRY – PC – 2004
Com o poderio das placas gráficas a aumentar, os jogos que eram verdadeiras montras tecnológicas começaram a aparecer, e Far Cry foi dos que mais impressionou. Um grafismo fora de série num jogo passado no ambiente paradisíaco de uma ilha, com vegetação luxuriante, abundante vida animal, águas cristalinas e… monstros. Sim, monstros! A ilha está dominada por militares como ordens para abater tudo e todos, pois em experiências mal sucedidas os militares criaram monstros que acabaram por fugir e agora dominar a ilha. Desta forma, após um acidente de barco, aquilo que poderia ser uma ilha paradisíaca transforma-se num horror do qual há que conseguir escapar. Um autêntico show off num jogo que requeria uma máquina potente, mas que estava bem feito o suficiente para se adaptar a qualquer sistema onde corresse.

METAL GEAR SOLID 3 – SNAKE EATER – PS2 – 2004
A saga Metal Gear Solid é para mim uma das minhas favoritas. Snake Eater é o titulo que até ao momento mais me chamou a atenção. Os factores de destaque foram diversos passando pelo grafismo que muitos se recusariam a acreditar ser possível realizar numa PS2, e passando pelos pormenores que Metal Gear sempre acrescentou aos seus jogos. Alguns exemplos de pormenores notáveis e inesquecíveis passam pelas batalhas com os Bosses. Por exemplo “The End”, um dos bosses do jogo é um velhinho que andam numa cadeira de rodas guardando-se para a batalha suprema com Solid Snake. E a batalha não é fácil, pois ele é um sniper que muda deposição constantemente e que teremos de descobrir antes de poder ripostar.
Mas há curiosidades no combate com este Boss. A primeira é que ele pode ser totalmente evitado, pois após uma CUT SCENE onde “The End” aparece na sua cadeira de rodas, quando retomamos o controle de Snake, vemos o velhinho a recolher para o interior de um edifício. Ora um tiro de sniper bem colocado evita imediatamente o combate. Mas mais ainda, durante o combate não podemos gravar, pois o carregar do save é tempo suficiente para que “The End” nos apareça por trás e nos mate. Para quem cometeu o erro de gravar durante a batalha no único save que tinha a solução é esperar uma semana desde a data da gravação para voltar a jogar, pois “The End”, velhinho e, nas suas ultimas forças irá morrer facilmente de fome e sede. Assombroso!

GRAN TURISMO 4 – PS2 – 2004
Apesar de sempre ter sido um fan de Gran Turismo, GT4 arrebatou-me completamente pela qualidade apresentada, superando claramente todas as edições anteriores. GT4 era, na altura do seu lançamento, e na minha modesta opinião, o melhor jogo de carros existente. E nessa época havia quem concordasse comigo, pois Jeremy Clarkson, do famoso programa TOP GEAR, e uma das poucas pessoas neste planeta que teve a oportunidade e conduzir todos ou quase todos os carros presentes no jogo, era da mesma opinião. Mas para alem de jogar este jogo dava gosto pelas suas repetições ultra realistas. Um grande, grande jogo.

DOOM 3 – PC – 2004
Como já referi anteriormente, os titulos associados a DOOM sempre foram associados a grandes proezas tecnológicas. E Doom 3 era uma proeza no uso de luzes dinámicas e de pixel shaders. Pretendendo transmirir a ideia da invasão de seres vindos das profundezas do inferno numa base situada em Marte, a verdade é que o jogo conseguia mesmo trasmitir um ambiente assustador e arrepiante com os seus jogos de luz e de sombras. Mais um grande jogo da ID que me merece destaque nesta lista.


SHADOW OF THE COLOSSUS – PS2 – 2005
Caso tivesse seguido com a ideia original de uma lista com apenas dez jogos, sendo esses os melhores de todos os tempos, tinha de reservar um lugar a Shadow Of The Colossus. Este é um jogo épico e que quem o jogou nunca esquecerá. Dos mesmos criadores e com um ambiente semelhante ao de ICO, desta vez controlamos um jovem rapaz que anseia salvar a sua amada das garras da morte, sendo-lhe incumbida a tarefa de matar nove colossos que habitam aquelas terras. Assim, na companhia de Agro, o seu fiel cavalo, vamos enfrentar 9 criaturas gigantescas em combates desiguais e que perdurarão para sempre na mente de quem os realizou. Este é merecidamente dos melhores jogos de sempre.

GOD OF WAR – PS2 – 2005
Nunca tendo sido um verdadeiro fan do estilo de jogos de esmagar os botões da consola de forma repetitiva, God of War surpreendeu-me pela sua qualidade extrema e história. Apesar da sua sequela, God Of War II ser ainda superior, decidi dar o lugar à primeira versão, pelo pioneirismo qualidade apresentados, pois foram elas que tornaram este jogo num título de sucesso. Os combates contra os bosses são fenomenais e originais e os cenários memoráveis, com a história baseada na celebre mitologia grega.



Na 7ª e última Parte - iremos abordar o Período de 2005 até ao presente (2009)

4 comentários:

  1. No final não haverá uma GameTeca Ideal com os 10 melhores ?

    Bom artigo, também muito diferente dos meus favoritos que são "quase" só jogos de Arcada e consolas.

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  2. Por esta altura deixei de jogar mas já vi que o Mário Foi esperto e nunca teve manias de Intel é que é bom :)

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  3. faltou o melhor: Half Life 2

    Evolução nos graficos, na física e no enredo

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  4. O HL2... sim, foi um marco quando saiu (e ainda hoje dá gosto jogar. :)

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