sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

The Order: 1886


Já chegou às lojas um dos mais aguardados exclusivos para a Sony PS4, e cujas imagens têm impressionando os jogadores desde que começaram a ser mostradas: The Order: 1886.


The Order coloca-nos em plena época vitoriana, numa equipa de elite que persegue um tipo de estranhos criminosos e criaturas que foge ao estilo típico de bandidos com que a polícia normal lida habitualmente - que é como quem diz... lobisomens!

Este foi um jogo que novamente foi acompanhado de polémica no lançamento, mas desta vez por motivos diferentes do Driveclube. Desta vez não tivemos problemas de servidores (The Order é um jogo totalmente offline) mas surgiu no YouTube um walkthrough completo do jogo, que indicava que a sua duração pudesse ser somente de 5h. Mas em circunstâncias normais, poderão esperar gastar cerca do dobro a percorrer este jogo, que em muitos aspectos faz lembrar alguns clássicos das gerações PlayStation anteriores... mas com gráficos muito mais bonitos.


Se já me conhecem, saberão que eu não sou grande fã dos jogos que estão continuamente a ser interrompidos com cut-scenes. E este The Order: 1886 é precisamente um desses casos, levado ao extremo! Poderemos dizer que estamos quase no ponto de ser um filme semi-interactivo, com algumas partes onde podemos ter maior interactividade. Mas desta vez, nem levei demasiado a mal... e poderá dizer-se que é por culpa das excelentes imagens com que somos presenteados.

Normalmente diz-se que as imagens são secundárias em relação à "alma do jogo"; mas neste caso, temos uma qualidade de imagem que em nada fica a perder para a qualidade de imagem que estamos habituados a ver em vídeos "pre-rendered" (em parte graças aos muitos efeitos post-processing que são aplicados e que lhe dão um aspecto "de filme").


Há alguns aspectos que se podem tornar um pouco chatos e repetitivos: poderemos estar muito entretidos a ver uma das muitas cenas não-interactivas... que sem aviso passa a ser interactiva e nos pede para carregarmos numa tecla, apanhando-nos de surpresa. Quando se falha, voltamos a ter que se assistir à mesma cena, sem qualquer possibilidade de acelerar até ao momento em questão. Quanto às partes interactivas, a mecânica de 3rd person shooter não apresenta novidades, consistindo no habitual sistema de procurarem abrigo atrás de um qualquer muro (ou outro elemento), e depois irem tentado matar os inimigos. No caso dos lobisomens temos a diferença de que será necessário "finalizar" a morte bem de perto, antes que eles regressem à vida.


Este The Order: 1886 não irá convencer os jogadores que esperavam estar perante um mundo aberto estilo GTA V ou Assassin's Creed em plena época vitoriana. Aqui temos um jogo que não dá grande espaço de manobra a não ser seguir a sua linha condutora linear, do início ao fim, com uma grande dose de cenas onde só podemos apreciar o tipo de imagens que a PS4 pode criar.

... E será talvez essa a grande mais valia deste jogo: mostrar-nos que, se a PS4 pode criar imagens assim, só nos resta imaginar que mais se poderá seguir...


Recomendado a quem gostar desta temática e apreciar jogos "filme" com muitas cut-scenes; não recomendado a que procurar um 3rd person game com um vasto mundo onde possa andar a explorar por onde lhe apetecer.




Para quem preferir jogar com as vozes em português, em The Order isso ficou a cargo de nomes bem conhecidos, como: Pedro Lima, Cláudia Vieira, Virgílio Castelo e Liliana Santos.

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