segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Pirataria custa 20% aos produtores de jogos

Um estudo indica que o custo da pirataria nos jogos de vídeo é de cerca de 20%.

Naquilo que pode ser visto como um "copo meio-cheio / meio-vazio" dependente da perspectiva, os apologistas dos sistemas de DRM e anti-pirataria como o Denuvo usam este estudo como validação, dizendo que os seus sistemas permitem aos editores evitar perder 20% das receitas devido à pirataria, especialmente durante a fase crucial das primeiras semanas após os lançamentos. Por outro lado, interrogo-me sobre se este mesmo estudo não poderia ser visto como justificação de que os editores poderiam muito bem dizer o adeus definitivo a todos estes sistemas intrusivos, que tanto penalizam os legítimos compradores dos jogos, muitas vezes penalizando o desempenho, impedindo o uso do computador como se deseja, e por vezes até resultando em vulnerabilidades que deixam os sistemas em risco.

Embora seja algo com o qual muito jogadores nem se preocupam - a não ser quando causam algum problema bem visível - o nível de interferência dos sistemas DRM foi algo que me fez deslocar dos jogos em PC para os jogos nas consolas, onde tudo isso passa para segundo plano. Ficava horrorizado ao ver processos de DRM a correrem continuamente no meu PC, apenas por ter instalado um jogo que poderia jogar raramente; e em certa altura até tive um que obrigou a um complicado processo de "reautenticação" do jogo apenas por ter feito upgrade à memória do PC.
Claro que, tudo isto são problemas que apenas apoquentam os legítimos compradores destes jogos, já que quem optar por usar as versões piratadas fica livre de todos esses empecilhos, o que não deixa de ser profundamente irónico - e nem vou falar nos casos em que até os legítimos compradores dos jogos acabam por ser forçados a crackar os jogos, por os editores terem decidido encerrar os servidores de autenticação dos mesmos.

Tendo em conta tudo isto, não me parece que 20% fosse um valor assim tão penalizador para agradar à imensa maioria aos jogadores que pagam pelos jogos, e que até poderia ajudar a recuperar aquela menos percentagem dos que deixaram de os comprar precisamente devido ao uso de DRM. E, como bónus, os estúdios até poupariam milhões de forma imediata, tanto em valor directo como em dores de cabeça por efeitos secundários, devido a não terem que comprar e integrar o DRM nos seus jogos.

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