Há anos que vários serviços têm tentado revolucionar o segmento dos jogos apostando na remoção do hardware do lado dos jogadores e transferindo-o para a cloud, com os jogos a serem enviados via streaming. Mas, passada uma década da apresentação do OnLive, a Google acredita que este é o momento certo para o fazer, com o seu Stadia.
A ideia é simples e ainda mais revolucionária do que era há dez anos atrás. Segundo a visão da Google, a ideia é podermos estar a ver um jogo no YouTube, e simplesmente começarmos a jogá-lo de forma imediata - sem as frustrações de descarregar dezenas de gigabytes para instalar um jogo, ou mais alguns gigabytes para a última actualização indispensável para se jogar, ou a necessidade de ter um GPU que custa tanto quanto um computador de gama média, ou sequer uma consola. Para este Stadia o objectivo é levar os jogos a qualquer ecrã que se tenha, e logo numa primeira fase isso representará o Chrome, Chromecasts, e Pixels.
A nível de qualidade, logo no lançamento a Google promete jogos com qualidade 4K HDR a 60fps em ligações de 25Mbps, mas já referindo que no futuro planeia ir até resoluções 8K e 120fps. Para isso, a Google recorreu à AMD para produzir um GPU feito por medida para os seus datacenters, capaz de atingir 10.7 teraflops - mais que os GPUs da PS4 Pro (4.2 teraflops) e Xbox One X (6 teraflops) combinados!
Outro aspecto curioso é que o controlador Stadia se liga directamente à cloud da Google e não ao dispositivo local que se estiver a utilizar (TV, PC, etc.) o que permitirá reduzir ainda mais a latência, que será o ponto crítico neste tipo de serviços.
Falta agora saber quando é que ficará disponível (a Google só diz que chega este ano) e, não menos importante, quanto é que irá custar.
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