Hoje em dia temos o privilégio de ter tecnologia que já não tem que se preocupar com o número de cores que é capaz de apresentar, mas há algumas décadas atrás, até a capacidade de mostrar certas cores era algo que podia obrigar a recorrer a artimanhas técnicas, como acontecia no Commodore C64.
O Commodore C64, à semelhança do que acontecia com a maioria dos computadores da sua altura, tinha a capacidade de apresentar um número reduzido de cores (16 cores, neste caso). Isto fazia com que os jogos na altura fossem pudessem muitas vezes ser reconhecidos de que computador era apenas pelo tipo de cores utilizadas e as suas limitações (por exemplo: o ZX Spectrum).
Mas, sempre que temos limitações temos também pessoas que encontram formas criativas de as contornar, e no C64 a existência de 16 cores não impediu alguns jogos de apresentar cores "impossíveis", como acontecia com o Dragon Breed.
O dragão azul no final do terceiro nível de Dragon Breen apresentava uma cor que não existia no C64; e isso era feito trocando as cores da imagem entre verde e roxo 50 vezes por segundo.
[as imagens que realmente eram apresentadas]
Numa altura em que os CRTs que se usavam como monitores também ajudavam a disfarçar os efeitos destas trocas rápidas, este tipo de técnica dava uma maior liberdade aos developers de criarem jogos que se destacavam dos concorrentes e que maravilhavam os jogadores com coisas que nem pareciam ser possíveis.
... É uma das coisas que se perdeu com a evolução tecnológica. Qual a última vez em que ficaram de queixo caído a olhar para o monitor do ecrã ou ecrã do smartphone? :)
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