domingo, 9 de março de 2014
Comissão Europeia quer que jogos gratuitos sejam mesmo gratuitos
A Comissão Europeia não está a achar piada à crescente vaga de jogos "gratuitos" que depois incentivam os utilizadores de todas as formas a que gastem dinheiro nas compras in-app. Se um jogo é descrito como gratuito, a CE quer que o jogo seja efectivamente e totalmente gratuito, para que não induza em erro os potenciais clientes - especialmente no caso das crianças - e que depois poderão inadvertidamente fazer compras indesejadas.
Num mundo ideal, penso que este seria o tipo de regulamentação que seria completamente despropositada e burocrática. Mas infelizmente não vivemos num mundo ideal, e existe um número crescente de pessoas e empresas cujo único propósito é arranjar as formas mais ardilosas de enganar os utilizadores e fazer com que eles caiam no erro de comprar coisas - nem que seja por engano. Veja-se por exemplo ao que se chegou no caso dos operadores de telecomunicações, que já nos tentam dizer que é perfeitamente natural usar-se o "ilimitado" para descrever pacotes que oferecem 2000 minutos ou mensagens, e 15GB de dados.
Desculpem lá se não concordo... 2000 minutos são 2000 minutos, 15GB são 15GB... não tem nada a ver com o suposto ilimitado que querem usar como sinónimo; nem tão pouco é legítimo que recorram a outras artimanhas como a redução de velocidade após os 15GB... sendo "ilimitado", mas a passo de caracol.
Novamente, parece-me que é simplesmente um caso de chamar as coisas pelos nomes. Se um jogo é gratuito, que seja gratuito. Nos casos em que se tratam de jogos pseudo-gratuitos que se tornam praticamente injogáveis caso não se opte por investir em compras extras, então que os recambiem para as secções de jogos pagos para que não induzam em erro quem procura um jogo verdadeiramente gratuito.
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