sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Uncharted 2 Among Thieves Review

Análise ao Uncharted 2 por Mário Ferreira (obrigado Mário! :)
UNCHARTED 2 – A análise



Em 2007 a Naughty Dog surpreendeu o mundo com a o lançamento do seu novo título de alta qualidade e em exclusivo para a Sony PS3 - o seu nome: Uncharted – Drake's Fortune.

O jogo introduziu a personagem de Natham Drake, um jovem e intrépido caçador de tesouros que procurava o tesouro de El Dorado.

Uncharted foi um sucesso imediato, e um dos best sellers da PS3, primando por uma qualidade de produção e gráficos bastante acima do normal.

Quando foi anunciado que este jogo apenas utilizava 30% da capacidade da PS3 e que um novo jogo da série estaria para surgir utilizando a consola na sua totalidade, os jogadores mal podiam esperar pelo que estava para vir.

Uncharted 2 está aí, e que podemos esperar dele face ao primeiro?

Bem, a história é obrigatoriamente diferente. Nathan Drake irá agora seguir as pistas deixadas por Marco Pólo na procura da cidade perdida de Shambhala (ou Shangri-la, se preferirem.)

O que é imediatamente perceptível quando iniciamos Uncharted 2 é -novamente- a qualidade da produção. Um produto ao nível do que de melhor se faz em Hollywood. É mesmo fácil esquecer que estamos perante um jogo e não na presença de um épico do cinema ao nível de uma série Indiana Jones. Desde a história, à forma como é contada, aos diálogos inteligentes, humor, piadas jocosas e de teor sexual, a produção é de altíssima qualidade. Aliás, um filme Uncharted está já a ser produzido.




Há muitos factores que são importantes para se poder definir a qualidade de um jogo, mas Uncharted 2 é excelente em todos. A capacidade de prender o jogador à cadeira e de o manter absorvido na história e na acção está muito acima de tudo o que já foi feito até hoje a nível de videojogos, e isso é perceptível desde o primeiro segundo em que se agarra o comando. O nível inicial deixa logo o jogador sem fôlego, fazendo antever um bom desenvolvimento do jogo.



Tudo é acompanhado por uma jogabilidade extrema, onde o jogador tem pleno controlo sobre as acções da personagem, sem queixas de respostas tardias ou de movimentos não pretendidos e altíssima variedade na forma de jogar e interagir: passando por secções furtivas, luta corpo a corpo, tiro na terceira pessoa com um sistema de cobertura semelhante a Gears of War, secções de exploração, puzzles, etc.
O mais interessante é que a implementação destas diferentes interacções estão ao nível ou mesmo acima de tudo o que já havia sido feito anteriormente no género em jogos mais específicos nesse tipo de jogabilidade, com sequências de combate contra helicópteros e tanques que são verdadeiramente épicas e ficarão na história dos videojogos.



Mas Uncharted 2 não fica por aqui, e tudo isto é aliado a um grafismo de uma qualidade extrema ultrapassando aquilo que se julgaria possível numa PS3, com localizações espalhadas pelo mundo, passando por Istambul, Nepal e Tibete, e com cenários sumptuosamente desenhados e implementados.

Muitos desses cenários não são estáticos: Existem sequências que se passam em locais em movimento como é o caso de comboios, camiões e mesmo o interior de prédios que se vão desfazendo e caindo devido ao fogo de helicópteros inimigos.



Mas é a forma como tudo foi implementado que se torna épica. Nos comboios por exemplo, os inimigos não são a nossa única preocupação. Os obstáculos também são problemáticos, tais como a sinalização sobre a linha e postes de electricidade laterais.
Já nos carros (e Drake muda entre vários durante o combate) é notória a semelhança com cenas da série Indiana Jones... Sem dúvida, do melhor alguma vez feito em videojogos.




As cut scenes existentes (e são muitas) são feitas em tempo real usando o motor do jogo, e são usadas para esconder o carregamento das secções seguintes, dado que o jogo segue ininterruptamente sem qualquer pausa. São de excelente qualidade, com bons ângulos de câmara e servem não só para nos apresentar novos dados na história como também para transmitir ao jogador os sentimentos e sensações da personagem.

A banda sonora é, como tudo o resto, de altíssima qualidade, e o trabalho de vozes é excelente.

Mas o mais impressionante de Uncharted 2 é a vertente técnica. Conseguir os gráficos que o jogo possui com um “framerate” constante e sem abrandamentos, com sequências de acção explosivas, com objectos dos mais variados a voar no ecrã (desde pedras a carros e mesmo comboios) é uma proeza fabulosa. Muitos jogos concebidos para PCs com hardware bem superior lutam para conseguir uma animação fluida sem quebras no “framerate” e sem nunca conseguirem o que Uncharted 2 parece fazer com uma perna às costas. Os programadores afirmam ter conseguido puxar 1.2 milhões de triangulos texturados por frame da placa gráfica da consola utilizado os SPU’s do Cell como auxiliares, aliados a efeitos de (e desculpem os termos técnicos) high resolution normal mapping, HDR, depth of field (fabulosamente implementado), motion blur, anti aliased shadow, ambient occlusion, paralax mapped textures, etc, que demonstram que efectivamente Uncharted 2 é uma proeza e um jogo que dificilmente poderia ser realizado noutras consolas dada a ausência destes auxílios.



Uncharted 2 não é perfeito, mas os seus pontos fortes superam em muito os seus pontos menos bons, e atrever-me-ia mesmo a dizer que é um dos melhores jogos de sempre.

Acrescente-se a este fabuloso single player vários modos online que passam pelo Cooperativo, Deathmatch, Elimination, King of the hill, etc, e temos um produto completo a todos os níveis e com uma qualidade que, na minha opinião, nenhum outro alguma vez apresentou.



O único defeito perceptível é que, apesar da qualidade cinematográfica do produto, com as duas mãos no comando é extremamente difícil comer pipocas. :)


Fiquem então com alguns minutos da campanha de cerca de 10 a 12 horas de Uncharted 2.





7 comentários:

  1. Isto quase que me faz ir comprar uma PS3....

    Voçês são lixados!!!

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  2. Acabei por "linkar" esta excelente análise do Mario Ferreira no meu Blog :

    http://cria-o-teu-avatar.blogspot.com/2009/10/uncharted-2-aventuras-na-ps3.html

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  3. Ehehe, não compres, não cedas ao "lado negro"! :)

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  4. Uma cena muito fixe. Ia a correr atrás de umas galinhas numa aldeia tibetiana e passei perto de umas crianças que estavam a jogar a bola, e aproximei-me. O Drake começa a gritar: "Passa, Passa", e o puto mete-lhe a bola. E não é que o símbolo do triângulo aparece no ecrã e dá para dar uns toques com os putos! Altamente :)

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  5. Uma cena que só soube ontem. A voz Sexy da personagem feminina Chloe é feita pela... (imaginem)... Claudia Black... Tinha de ser. Como já alguém disse, essa mulher com aquela voz até podia ler a lista telefónica que alguém a ficava a ouvir.
    A nível nacional a personagem do Schaffer é interpretada pelo Victor Espadinha, mas desconheço outros nomes.

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  6. Estive ontem a ver o jogo em casa do meu sobrinho.
    Está muito bom... para consola. :)
    Não me impressionou ao ponto de um Crysis em Very High - mas também estamos a falar de coisas completamente diferentes.
    O que é certo é que estão a dar bom uso ao hardware e limitações que têm.

    No entanto, fiquem um bocado surpreendido com a quantidade de vezes que os personagens dizem "merda" ao longo do jogo (na versão portuguesa) Se aquilo é para miúdos, não podiam ter arranjado algo um pouco menos... "merdoso"?

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  7. Pá.. não joguei em português... e não me lembro de ter ouvido "shit" muitas vezes.

    E pá... comparativamente ao Crysis não tem nada a ver. Ninguem nunca disse que os gráficos eram os melhores do mundo. Mas são muito bons, e para este estilo de jogo em ambiente urbano são talvez mesmo dos melhores que há por ai.

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