terça-feira, 16 de julho de 2013

NES/Famicom faz 30 anos

Se muitos de nós guaram com carinho os jogos que jogavam há cinco ou dez anos atrás, imaginem só o tipo de memórias que serão reavivadas ao relembrar uma das mais icónicas consolas de jogos de sempre: a Nintendo Entertainment System (NES, ou Famicom como era conhecida no Japão).

A NES/Famicom celebra o seu 30º aniversário, e curiosamente a Famicom japonesa não só surgiu ligeiramente antes da NES que veio para o ocidente... como também a superou em longevidade. As NES foram descontinuadas em 1995, mas no Japão as Famicom continuaram a ser feitas até - imaginem só - 2003! Imaginem se alguma vez teremos outra consola de jogos que será produzida durante 20 anos! :)


Já naquela altura se tinham que lidar com bugs... e bem mais problemáticos. O lote inicial tinha chips defeituosos que causavam crashes, obrigando a uma recolha das consolas.


... E o sempre presente DRM já fazia das suas, o defeito no chip responsável pela autenticação da consola fazia com que muitas vezes nem arrancasse. Mas a resolução era simples: bastava cortar um dos pinos do chip para que a consola passasse a estar continuamente validada.

Também se nota bem o espírito da Nintendo nesta consola, que já naquela altura integrava um microfone no segundo controlador.

Era uma época completamente diferente: com CPUs a funcionar a velocidades "alucinantes" de 1.79Mhz (nota: megahertz, e não GIGAhertz como hoje é comum), e com uns espantosos 2KB de RAM. Mas também já contava com um CPU secundário para acelerar a parte gráfica, que funcionava a 5.37Mhz e tinha acesso a mais 2KB de RAM. As limitações de hardware eram imensas: apenas 54 cores podiam ser mostradas ao mesmo tempo, sendo que cada sprite apenas podia ter três cores, e não podendo ser mostrados mais que oito sprites na mesma linha horizonta. Restrições que faziam com que os developers imaginassem formas criativas de as superar - e que mais tarde começaram a ter assistência de hardware extra incluído nos cartuchos de jogos para expandir as capacidades da consola.

Também o áudio sofria limitações idênticas, com canais dedicados para ondas quadradas, triangulares, um canal de ruído e... até samples!



... Memórias que nos fazem dar mais valor ao hardware e jogos que temos hoje em dia, que são visualmente mais impressionantes, mas que nem sempre são mais divertidos que aquela amálgama de bonecos pixelizados que víamos no televisor.

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