quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Dr. Kawashima e os Lucros do Brain Age

Já que hoje estamos numa de Nintendo DS, nada mais apropriado que uma notícia relacionada com um dos jogos que mais sucesso teve: o Brain Age.

O Dr. Ryuta Kawashima, criador destes jogos, é agora uma figura conhecida em todo o mundo. Até ao momento, os jogos Brain Age vendeream mais de 17 milhões de cópias e são um dos motivos para que muita gente tenha comprado uma DS.

Considerando o enorme sucesso destes jogos seria de esperar que o Dr. Kawashima fosse um homem rico – mas não é isso que acontece.
De acordo com um relatório da AFP, os lucros dos jogos baseados nos estudos do Dr. Kawashima ascendem aos 2.4 mil milhões de iénes (15 milhões de euros) metade dos quais pertencem ao professor de 48 anos, que no entanto não os quis.

"Nem um único cêntimo veio para o meu bolso" disse Kawashima. "Toda a minha família diz que eu sou louco, mas eu digo-lhes que se querem dinheiro, ide trabalhar para ganhá-lo."

Kawashima parece estar satisfeito com o seu salário de 11 milhões de iénes anuais (cerca de 70 mil euros), e redireccionou os lucros dos jogos para a pesquisa e a construção de novos laboratórios no Institudo do Desenvolvimento, Envelhecimento e Cancro na Universidade de Tohoku.

Ironicamente, o Dr. Kawashima não joga os seus próprios jogos, dedicando-se exclusivamente à sua pesquisa. Aliás, até os seus quatro filhos estão limitados a uma hora de jogos em cada fim de semana.

Kawashima está a estudar o desenvolvimento do cérebro nos jovens, e diz que ainda não sabe como é que o seu cérebro é afectado por muitas horas de jogos.

"O que me assusta quanto aos jogos é que se podem perder quantas horas se quiserem a jogar. Não é que eu pense que isso seja mau, mas faz com que as crianças não passem esse tempo a fazer o que deveriam fazer nessas idades, como estudar e melhorar a capacidade de comunicação com as famílias."

Enquanto algumas pessoas descrevem os jogos Brain Age como uma mistura entre educação e divertimento, Kawashima diz que os dois conceitos devem ser mutuamente exclusivos.

"Divertir-se não é estudar. O estudo não deve ser usado para divertir as crianças mas sim para as pressionar a esforçarem-se. Se não forem encorajados a melhorarem, as pessoas descem para níveis cada vez mais baixos."


Pessoalmente, acho que um pouco de divertimento não prejudica em nada o processo de aprendizagem.

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