Por causa das restrições aplicadas à China pelos EUA a nível dos chips, quem tiver uma placa gráfica RTX 4090 avariada vê-se forçado a aceitar um reembolso.
Embora muitos jogadores chineses tenham conseguido comprar placas gráficas com GPU Nvidia RTX 4090, isso agora já não é possível (a não ser em caso de lojas que ainda as tenham em stock) devido às restrições no envio de chips de alto-desempenho para a China.
O efeito secundário dessa medida é que, no caso de se ter uma placa avariada, as marcas e lojas ficam também impossibilitados de aceder a placas de substituição. Isto significa que apenas reparações na parte das fichas de alimentação ou das ventoinhas possam ser feitas, localmente, mas nos casos em que for necessário trocar o GPU, a única opção é oferecer o reembolso do valor da placa. Um valor que pode ser usado na compra de uma nova placa com GPU RTX 4090D, variante que continua a poder ser enviada para a China.
O GPU RTX 4090D é um GPU ligeiramente menos potente que o RTX 4090, com 14.592 CUDA cores, 456 Tensor cores, e 114 RT cores - face aos 16.384 cores / 512 cores / 128 cores.
Os jogadores chineses também podem considerar optar uma placa RTX 4080 Super e poupar algum dinheiro, em preparação para a chegada da nova geração de GPUs Nvidia RTX 5080 e RTX 5090 no final do ano; embora seja provável que nessa altura as restrições ainda se mantenham em vigor e impeçam o acesso aos GPU mais potentes.
Mostrar mensagens com a etiqueta China. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta China. Mostrar todas as mensagens
domingo, 28 de abril de 2024
sábado, 23 de dezembro de 2023
China limita gastos em jogos e proíbe recompensas diárias
A China prepara novo conjunto de medidas para combater os excessos nos jogos online, incluindo limites do dinheiro gasto e das recompensas diárias que "forçam" os jogadores a ligarem-se diariamente.
Não é segredo que os jogos online se tornaram em verdadeiras minas de ouro, com jogos que tecnicamente são gratuitos a facturarem milhares de milhões de euros por ano. A China é um dos países que tem regras mais apertadas a este nível, com limitação de horas e horário de jogos para os mais novos, e que agora se prepara para expandir.
A China vai aplicar limites para o valor que se pode gastar em jogos, e também proibir tácticas frequentemente utilizadas para fazer com que os jogadores regressem ao jogo diariamente, como a oferta de prémios crescentes a cada dia que façam login - que são perdidos quando não se aparece no jogo um dia. Também será proibido que os jogos forcem os utilizadores a efectuar combates com outro jogadores.
Apesar de ser o tipo de coisa que muito me agradaria que não fosse necessário ser forçado através de legislação, infelizmente está demonstrado que os estúdios de jogos têm adoptado tácticas cada vez mais duvidosas para incentivar ao "vício", para não falar em todas aquelas que, na prática, constituem literalmente "jogos de azar", como pagar por packs de conteúdos supostamente aleatórios, onde muitos jogadores gastam centenas ou milhares de euros sem qualquer garantia de que irão receber aquilo que queriam.
Talvez não fosse má ideia que, pelo menos nesta área, o ocidente olhasse para estas regras e também considerasse aplicá-las.
Não é segredo que os jogos online se tornaram em verdadeiras minas de ouro, com jogos que tecnicamente são gratuitos a facturarem milhares de milhões de euros por ano. A China é um dos países que tem regras mais apertadas a este nível, com limitação de horas e horário de jogos para os mais novos, e que agora se prepara para expandir.
A China vai aplicar limites para o valor que se pode gastar em jogos, e também proibir tácticas frequentemente utilizadas para fazer com que os jogadores regressem ao jogo diariamente, como a oferta de prémios crescentes a cada dia que façam login - que são perdidos quando não se aparece no jogo um dia. Também será proibido que os jogos forcem os utilizadores a efectuar combates com outro jogadores.
Apesar de ser o tipo de coisa que muito me agradaria que não fosse necessário ser forçado através de legislação, infelizmente está demonstrado que os estúdios de jogos têm adoptado tácticas cada vez mais duvidosas para incentivar ao "vício", para não falar em todas aquelas que, na prática, constituem literalmente "jogos de azar", como pagar por packs de conteúdos supostamente aleatórios, onde muitos jogadores gastam centenas ou milhares de euros sem qualquer garantia de que irão receber aquilo que queriam.
Talvez não fosse má ideia que, pelo menos nesta área, o ocidente olhasse para estas regras e também considerasse aplicá-las.
terça-feira, 16 de novembro de 2021
Epic abandona Fortnite na China
Apesar de ser o território do jogo mais jogado de sempre - Honor of Kings, com mais de 100 milhões de jogadores todos os dias - a China não é terreno fácil para jogos estrangeiros. Depois de três anos em "testes", a Epic anunciou que vai cancelar o Fortnite na China.
Apesar de ter tido um início interessante, com 10 milhões de utilizadores, existem uma série de restrições que complicam a vida aos jogos na China, que têm que receber autorização do governo, caso a caso; e onde têm também havido uma série de novas regras que visam restringir o tempo que os jovens podem passar nos jogos - limitando-os a apenas 3 horas de jogos por semana nalguns casos.
E isto apesar da Tencent ser um dos investidores da Epic, e ter todo o interesse em que o jogo tivesse sucesso no território.
Apesar de ter tido um início interessante, com 10 milhões de utilizadores, existem uma série de restrições que complicam a vida aos jogos na China, que têm que receber autorização do governo, caso a caso; e onde têm também havido uma série de novas regras que visam restringir o tempo que os jovens podem passar nos jogos - limitando-os a apenas 3 horas de jogos por semana nalguns casos.
E isto apesar da Tencent ser um dos investidores da Epic, e ter todo o interesse em que o jogo tivesse sucesso no território.
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
Restrição de jogos na China sem os resultados pretendidos?
Na China, as restrições mais apertadas nos jogos estão a dar origem a uma geração de jovens especializados em contornar as regras.
A China tem um longo historial de considerar os videojogos como "poluição espiritual", e recentemente aplicou as suas mais restritivas medidas até à data, permitindo que os menores joguem apenas 3 horas por semana. Mas será essa medida verdadeiramente eficaz? Talvez, mas não no sentido que os legisladores esperariam. Tal como aconteceria em qualquer parte do mundo, são muitos os jovens que arranjam forma de contornar estas restrições, usando os smartphones de pais e avós, e havendo até uma vaga de negócios de smartphones que se podem comprar ou alugar. Para combater isso já foram implementados sistemas de reconhecimento facial, para tentar garantir que os utilizadores são mesmo quem dizem ser, mas isso parece ser capaz de impedir que os jovens continuem a jogar.
Muitos consideram também ridículo que um jovem de 14 anos na China possa ter relações sexuais consensuais, mas depois tenha que esperar até aos 18 anos para poderem jogar jogos de vídeo como e quando quiserem. E essa restrição pode, ela própria, dar origem a exageros, com relatos de jovens que passam tempo excessivo nos jogos assim que fazem 18 anos, como tentativa de compensarem as limitações a que estavam sujeitos até então. Outros relembram que os jogos online acabavam por ser o seu escape diário e a forma de socializarem com amigos, com a alternativa a ser estar sozinho em casa, à espera que os pais regressem (tarde) dos seus trabalhos.
E claro, há ainda aqueles que relembram que, mesmo sendo impedidos de jogar, passam o seu tempo a ver vídeos e livestreams na internet de outras pessoas a jogarem - demonstrando que os resultados de uma proibição de jogar dificilmente terá os resultados idealizados por aqueles que se lembrem de criar esse tipo de restrições.
A China tem um longo historial de considerar os videojogos como "poluição espiritual", e recentemente aplicou as suas mais restritivas medidas até à data, permitindo que os menores joguem apenas 3 horas por semana. Mas será essa medida verdadeiramente eficaz? Talvez, mas não no sentido que os legisladores esperariam. Tal como aconteceria em qualquer parte do mundo, são muitos os jovens que arranjam forma de contornar estas restrições, usando os smartphones de pais e avós, e havendo até uma vaga de negócios de smartphones que se podem comprar ou alugar. Para combater isso já foram implementados sistemas de reconhecimento facial, para tentar garantir que os utilizadores são mesmo quem dizem ser, mas isso parece ser capaz de impedir que os jovens continuem a jogar.
Muitos consideram também ridículo que um jovem de 14 anos na China possa ter relações sexuais consensuais, mas depois tenha que esperar até aos 18 anos para poderem jogar jogos de vídeo como e quando quiserem. E essa restrição pode, ela própria, dar origem a exageros, com relatos de jovens que passam tempo excessivo nos jogos assim que fazem 18 anos, como tentativa de compensarem as limitações a que estavam sujeitos até então. Outros relembram que os jogos online acabavam por ser o seu escape diário e a forma de socializarem com amigos, com a alternativa a ser estar sozinho em casa, à espera que os pais regressem (tarde) dos seus trabalhos.
E claro, há ainda aqueles que relembram que, mesmo sendo impedidos de jogar, passam o seu tempo a ver vídeos e livestreams na internet de outras pessoas a jogarem - demonstrando que os resultados de uma proibição de jogar dificilmente terá os resultados idealizados por aqueles que se lembrem de criar esse tipo de restrições.
Subscrever:
Mensagens (Atom)